Rui Souza, 1990
Segundo as ordens mais recentes da filosofia: Rui Souza é um ser, talvez um ser humano e, quem sabe, até pessoa. Ele prefere ser ruído rosa, ser esse paradoxo de existir e não existir ao mesmo tempo. Rui Souza é compositor, performer, artista visual e investigador.
É desde muito cedo que Rui Souza, natural de Guimarães, começa a sua descoberta sonora, iniciando os seus estudos pelo órgão de tubos. Mais tarde arrisca-se no piano e é aos 16 anos que conclui o curso de piano no CCM/ARTAVE.
Posteriormente, por teimosias libertadoras, muda-se para a Escola de Jazz do Porto, continuando assim o seu périplo pianístico.
Em 2008 inicia a licenciatura em Filosofia na UCP de Braga, tendo frequentado as classes de pensadores como Manuel Sumares ou Alfredo Dinis, duas figuras incontornáveis do pensamento filosófico europeu. Durante este período, termina com excelência um módulo sobre filosofia da mente na Universidade de Edimburgo. No terceiro ano, muda-se para a Universidade do Minho para o mesmo curso.
Desde 2014 que faz investigação sobre órgão de tubos ibéricos, tendo já composto algumas peças experimentais para o mesmo. Destacam-se a peça “Vox Humana – Monólogos para atriz e órgão de tubos” e “Audax Viator”, com textos originais de Rui Pereira e Afonso Cruz, respetivamente.
Como compositor, já desenvolveu centenas de peças para os mais variados ensembles: desde composições eletrónicas até composições para filarmónicas ou coros. Tem desenvolvido um trabalho de pesquisa de novas formas de composição para voz em movimento e este caminho leva-o até às artes performativas. As suas composições para voz humana, “Prelúdio – A Mulher Selvagem” de Bruno Martins e “Os velhos também querem viver” de Pedro Lucas em colaboração com o escritor Gonçalo M. Tavares, ressoam os seus mais recentes estudos a partir das metodologias de composição de Murray Schaffer.
Até à data já participou como compositor/diretor musical ou sonoplasta em dezenas de produções artísticas, tendo colaborado em projetos comuns com artistas como, Bruno Martins, John Mowat, António Julio, António Durães, Afonso Cruz, Gonçalo M. Tavares, Jonathan Uliel Saldanha, Amélia Muge, Pedro Bastos, José Mário Branco, Selma Uamusse, Carlão, Pedro Lucas, Carlos Medeiros, Ricardo Martins, Carlos A. Correia e muitos outros.
Como músico e criador já fez digressões por países como Alemanha, Áustria, Suíça, Itália, Malta, Grécia, Lituânia e E.U.A..
Atualmente trabalha como compositor sobretudo para teatro e cinema e, recentemente, funda a mais que uma editora Discos de Platão. Continua a viagem com o seu alter-ego Dada Garbeck e, paralelamente a tudo isto, mantém viva a pesquisa sobre órgãos de tubos ibéricos. As criações com a comunidade continuam a ser a resposta de Rui Souza à pergunta: Afinal, o que vale a pena?